Reflexões Pessoais
❈ Auto-Conhecimento ❈
Nestes dias de isolamento social tenho reflectido sobre inúmeros temas, sobretudo acerca dos temas abordados nesta unidade curricular em particular. O lado desconhecido, ou melhor, O lado mais complexo que existe dentro de nós - o estudo da mente humana - sempre me despertou grande interesse.
Assim, considero-me uma pessoa observadora. Quanto mais observo as pessoas à minha volta mais certeza tenho que cada um de nós reage de forma distinta, por exemplo, a um problema, a uma conquista, a uma derrota, ou seja, temos maneiras diferentes de definir a vida e a forma como esta deve ser vivida.
No entanto, vejo o auto-conhecimento como um saber incansável, mas, muitas vezes, ilusório. Penso que, à medida que crescemos. Somos constantemente influenciados, muitas vezes sem nos apercebermos. Assim sendo, questiono-me, acima de tudo, sobre como podemos, realmente, conhecer-nos. Será que gostamos do que gostamos apenas porque somos influenciados nesse sentido? Todos os sonhos e objetivos que desejamos alcançar estão também diretamente ligados às influências que tivemos, temos ou teremos. Se a nossa memória é limitada e, muitas vezes traiçoeiras, como podemos confiar nas nossas memórias emocionais para saber quem somos? Qual a melhor maneira de lidar comigo e com os outro?
❈ Meditação com Emoção ❈
Como sugerido pelas docentes, ouvi o áudio disponibilizado no moodle e segui todas as indicações do interlocutor. Gostei imenso da experiência. Deixei-me levar pela palavras do interlocutor e pelos sons da natureza.
No decorrer da meditação guiada, é pedido que foquemos no nosso coração, alimentando-o com sentimentos positivos, assim o fiz.
Senti um alivio profundo e um grande sentimento de liberdade ao escolher o sentimento serenidade. Repeti a palavra, para dentro de mim, constantemente, de forma tranquila, como se realmente todo o meu coração esteve repleto de paz.
Foi sem duvida uma experiência de meditação diferente e benéfica. Nunca tinha experimentado este método de meditação.
Recentemente, tenho praticado meditação - tem me feito muito bem, apesar de não ter muita prática.
Uso a aplicação Calm - têm várias funcionalidades - podemos escolher o tempo de duração da nossa meditação e o que queremos ouvir; podemos também escolher meditação guiada; histórias para dormir ou ouvir apenas música relaxante. Estou a conseguir adquirir o hábito de meditar diariamente, durante 10 minutos, às vezes, é complicado manter o foco e reduzo o tempo. Até agora tenho conseguido diminuir a minha ansiedade e dormir melhor.
❈ Programa Rescur - Currículo Europeu para a Resiliência ❈
O Programa Rescur - Currículo Europeu para a Resiliência, é um programa universal e inclusivo para promover competências sociais e emocionais no âmbito da resiliência em crianças dos 4 aos 12 anos.
Tanto o poster como o vídeo partilhado no moodle são bastante informativos sobre o que é o programa Rescur - CurrÍculo Europeu para a Resiliência.
A meu ver existência, o Programa Rescur, aposta na produção da resiliência, isto é, na promoção de competências sócio-emocionais para as crianças conseguirem lidar com problemas futuros e obstáculos que apareceram ao longo da vida.
Este currículo ensina e fornece ferramentas úteis para promover o desenvolvimento saudável das crianças. Assim sendo, acho que já todo o sentido a implementação desde cedo deste programa no currículo. Nos dias de hoje, pode prevenir as gerações futuras, por exemplo, da ansiedade ou stress, da má comunicação e expressão de emoções, que, consequentemente podem levar a doenças de foro psicológico graves. A meu ver, é uma grande aposta não só para prevenir doenças de foro psicológico, como também promover a qualidade de vida destas crianças ao longo do seu trajecto de vida. Promove o auto-conhecimento e consequente, uma possível auto-regulação emocional. Penso que a aposta deste tipo de programa seria uma mais valia em contexto de educação formal.
❈ Narrativa - 5 de Abril ❈
Hoje, dia 5 de Abril, achei que estava quase a ter uma ataque de ansiedade, estava tão nervosa, a tremer por dentro.
Normalmente quando estou no meu pico de ansiedade, não partilho como me sinto naquele momento. Parece que ao falar do que se está a passar fico bloqueada e sinto-me pior. O que faço sempre, inclusive hoje, é estar um bocado comigo e dizer a mim própria que tenho de ser racional e pensar bem - sei que pensar de forma racional apenas, não é bom é quase ignorar o que sentimos, e pensar bem pode ser bastante subjectivo. Mas no momento, é o que me ajuda a focar e principalmente a equilibrar.
Foi o que hoje tive de fazer.
Reflicto o porquê de eu estar assim, se faz sentido e se é assim tão relevante.
Dou sempre por mim a pensar que todos os meus problemas são fúteis e pequeninos em relação a globalidade da existência humana, das carências do mundo, dos grupos sociais e étnicos que enfrentam diariamente.
Até agora, para mim, é tão mais fácil pensar globalmente - pensar que o que estou a sentir imensa gente sente, que não sou assim tão diferente ou até mesmo especial.
Este pensamento tem me ajudado, apesar de saber que é uma ajuda temporária e que a ansiedade pode voltar. Pensar menos em mim e nos meus problemas , torna-me mais leve e empática.
É provável que neste isolamento social vá me acontecer imensas vezes o que aconteceu hoje e talvez esta técnica não seja a mais eficaz a tempo inteiro.
Por isso, hoje comecei a fazer um puzzle enorme com a minha mãe, pode ser que ajude.
❈ Reflexão Final ❈
A escolha nesta unidade curricular foi bastante fácil, é uma das áreas em que tenho mais interesse, competências emocionais. Para mim, é interessante saber lidar connosco próprio; com o outro; perceber o porquê de agir como agir e observar tanto o nosso interior como o exterior.
Apostei nesta unidade curricular opcional para me auto conhecer; para saber lidar com conflitos, assim como, lidar com toda a panóplia de emoções aprendidas ao longo do semestre, que antes desconhecia. Um outro factor que me levou a fazer esta escolha, foi a curiosidade de como implementar uma unidade curricular direccionado para a promoção da inteligência emocional em estudantes. A meu ver acho fundamental a existência de uma disciplina obrigatória no currículo com este propósito, apostar na saúde mental dos estudantes, tanto nas crianças e, principalmente, nos adolescentes. Promover o auto-conhecimento, auto-estima, desenvolver uma comunicação e expressão de emoções adequada, fortalecendo relações entre colegas e amigos, prevenindo também no futuro, ansiedade ou depressão. Actualmente, cada vez mais pessoas sofrem de depressão, assim sendo, conclui-se que não estamos prontos para muitas coisas que ocorrem na nossa vida, como foi agora o caso deste isolamento social. Em contrapartida, sendo este um problema cada vez mais presente na nossa sociedade, principalmente em Portugal, deveria ser implementado no ensino soluções para prevenir este tipo de comportamento. Como aconteceu em Competências Emocionais. Particularmente, gostei muito desta experiência na unidade curricular, aprendi a exprimir melhor as minhas emoções também com colegas; percebi que todos nós sofremos um pouco de ansiedade e impulsividade e que ainda não conseguimos regular estas emoções mais negativas, por último, penso que agora tenho cada vez mais consciência do que me move para ser quem sou, através da partilha verbal com os meus colegas, das pesquisas que realizei ao longo do semestre e, principalmente, das minhas minhas reflexões escritas e análise escrita das minhas qualidades e defeitos.
Profissionalmente, e mais especificamente, na área educacional, é de extrema importância sabermos gerir as nossas emoções e ter a capacidade de as regular. Enquanto técnicos de educação e formação teremos de saber lidar com as nossas emoções e com as dos outros, é portanto, essencial estarmos bem connosco próprios e criar um bom ambiente com as pessoas à nossa volta para que possamos trabalhar em equipa evitando conflitos.
